O Tubo de Rubens

O Tubo de Rubens é um experimento de física que serve para "enxergar o som" através do fogo. Funciona de forma parecida com um VU Meter, mas ao invés de luzes ou de um ponteiro analógico, as variações sonoras são vistas nas chamas. 

VU Meter significa Volume Unit Meter, ou Medidor de Unidade de Volume. É um dispositivo para medir o nível de áudio e os picos de sinal. Em uma gravação ou reprodução ele serve para verificar se o sinal gravado não está saturado ou distorcido, o que pode levar a uma gravação ruim, ou queima de amplificadores e auto-falantes. Há VUs digitais, que usam lâmpadas e analógicos, que usam um ponteiro.

VU Digital. Você provavelmente já viu um desses

No caso do Tubo de Rubens, o efeito da visualização do som é parecido com o do VU, mas ao invés das lâmpadas, o fogo começa a "dançar" com base na frequência da música. Se você já colocou sua mão na frente de um auto falante ou de um subwoofer potente que estivesse tocando um música com graves fortes, deve ter percebido que as partículas de gás na frente do auto falante vibram muito rápido. Isso ocorre porque as ondas sonoras são capazes de se mover pelo ar, até chegar a qualquer superfície na qual essas ondas vão se propagar. No caso do Tubo de Rubens, essas partículas de gás que vibram são o gás liquefeito de petróleo (GPL), ou simplesmente gás de cozinha. E o efeito começa quando esse gás começa a queimar e nós podemos vê-lo.

Para entender melhor, esse é um esquema simples da estrutura do Tubo de Rubens:

O tubo em si é todo perfurado na parte de cima. São 76 furos no total por onde saem as chamas. Para começar, é necessário ter um suporte onde o tubo vai ser apoiado. Esse suporte tem que ser bem firme, afinal, as chamas são jogadas para o alto e o tubo não pode cair de forma alguma. Esse suporte é todo de aço, que além de ser resistente, aguenta altas temperaturas.

Nesse suporte também há uma canaleta, por onde passa o cabo do auto falante esquerdo, e também está preso nele um suporte com os periféricos necessários para fazer os auto falantes funcionarem.

Essa primeira placa, na frente, é o componente principal que faz tudo acontecer. Todo o conjunto, inclusive os autofalantes, foi retirado de uma daquelas caixinhas de som portáteis, que são vendidas nos camelôs. E isso me deu uma grande vantagem, pois todo conjunto funciona a bateria, sendo assim, ele é todo portátil, não necessitando de uma fonte de energia na hora da apresentação (a não ser que a bateria esteja descarregada, claro). A primeira e principal placa é a de controle. Nela ficam ligados os 2 auto falantes e eu posso colocar um cartão SD com algumas músicas para tocar, sintonizar em alguma rádio ou usar os autofalantes como auxiliares, ligados a outra fonte de áudio por um cabo P2. Essa última que é muito importante caso eu queira ligar outra caixa de som maior por fora e conectar o aparelho à uma fonte de áudio externa, como um notebook. Essa placa possui inclusive um controle remoto, muito prático. 

Atrás da placa há a bateria do equipamento, que não dura horas, mas é o suficiente para algumas apresentações. Ao lado há ainda um compartimento para 3 pilhas AA, que podem ser usadas no caso de a bateria se esgotar.

Com o suporte no lugar, falta trazer a estrela do equipamento: O Tubo de Rubens.

Com o tubo apoiado, o cabo do auto falante esquerdo é passado pela canaleta, e os dois auto falantes são conectados a placa principal

Por fim, basta apenas conectar os dois botijões de gás nas conexões em baixo do tubo. Claro, tudo com muito cuidado e usando abraçadeiras para ficarem bem presas e nenhum gás vazar. Detalhe importante: os dois botijões de gás não são usados simultaneamente. Apenas um botijão, se estiver com pressão suficiente é o bastante para fazer o efeito aparecer. O outro é um reserva para o caso do primeiro acabar no meio de uma apresentação.

E pronto. O Tubo de Rubens já está montado e preparado para...testar. É importante ver se não há gás vazando, se os auto falantes estão funcionando direitinho, se a bateria está carregada e outras coisas antes de ligar o equipamento. 

Com tudo finalizado, devo abrir uma das válvulas dos botijões de gás e acender o fogo, algo semelhante a um fogão. Quando aceso, o fogo fica queimando normalmente, mas é quando a música é ligada que o efeito acontece.

Tubo de Rubens ligado, porém sem sons

E é claro que eu não poderia terminar esse post sem mostrar um vídeo do Tubo de Rubens em funcionamento

Vídeo: Tubo de Rubens - equipamentoscaseiros.blogspot.com.br